Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná

ACT a passos de tartaruga? Basta!

Isto mesmo. Esperar faz parte do processo de negociação, mas com prazo razoável. Já chega!

Cada vez mais a vida da classe trabalhadora está sendo golpeada, inclusive a nossa, dos saneparianos. É pela redução dos direitos intensificada com a Reforma Trabalhista, pela proposta da privatização do INSS em curso e pela Terceirização, que precariza as condições de trabalho, a remuneração e a qualidade dos serviços prestados. Para os saneparianos, os golpes também acontecem pelo acúmulo de trabalho sem promoção de concurso e novas contratações e pelo PCCR combalido que estimula correria por cargo político.

Muitos saneparianos também sofrem com assédio moral e mesmo assim continuam no desempenho das atividades quando ocorre afastamento muitas vezes nominado como “frescura”; acidentes graves ou mortes de trabalhadores por deficiência na segurança do trabalho, como já visto em Paiçandu, Apucarana, Guarapuava e Cascavel. E ainda vemos um certo “pacto de proteção” entre chefias e ex-chefias, como se por ter sido chefe um dia não pudesse pôr a “mão na massa” novamente.

Outros grandes ataques à vida dos saneparianos e a existência da Sanepar são os agrotóxicos e a Medida Provisória 868/2018. Os agrotóxicos, constatados na contaminação da água de forma evolutiva, conforme pesquisa Sisagua do Ministério da Saúde e a MP 868/2018 que foi aprovada ontem (7) na Comissão no Congresso e tramitará no plenário da Câmara e Senado alterando a legislação do saneamento, ampliando a privatização da água. O governo Bolsonaro, as transnacionais, diversos grupos e o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes – acionista do BTG Pactual e do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) – estão ansiosos por este momento de entrega massiva da água ao setor privado. Desta forma, nós saneparianos, corremos o risco de demissão, principalmente nos sistemas lucrativos. Neste sentido, Maringá é um foco.

Desde 2011 até 2018, as tarifas de água da Sanepar tiveram um ganho real de 40,96%, sem considerar o aumento proposto em 2019, de 12,13%. Enquanto isso, no ACT de 2018/2019 ficaram congelados os salários iniciais, a gratificação de férias, a insalubridade, a penosidade, o auxílio creche e a parte fixa do abono. As cláusulas da pauta de reivindicação relacionadas às Fundações Sanepar são ignoradas.

Conforme afirmado pela Comissão Negocial, de que na última sexta-feira (3) a CCEE ainda solicitou à Sanepar mais informações sobre o ACT, significa que outros interesses da Sanepar e do governo estão na prioridade em detrimento dos trabalhadores saneparianos.

A defesa dos direitos é constante e o ganho real é o principal objetivo. Que a Sanepar não venha com o absurdo só do reajuste do INPC, de 3,97%.

O maior defensor de soluções das nossas necessidades, da conquista de reajuste salarial, somos nós trabalhadores juntamente com a direção sindical. Juntos daremos um basta nesta lentidão do ACT.

Desta forma, ratificamos a decisão tomada nesta terça-feira entre os sindicatos majoritários, de aguardar agenda para continuidade da negociação até o início da próxima semana, caso contrário, iniciaremos convocação aos trabalhadores para manifestações nos portões da Sanepar.

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Nota de Repúdio

O SINDAEN, vem por meio desta nota, expressar repúdio às práticas antissindicais, antiéticas e contrárias aos princípios democráticos adotadas pela Sanepar, principalmente pelos membros da

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O SINDAEN foi fundado em 15 de dezembro de 1995, por decisão de uma assembléia da categoria, para ser o sindicato específico dos trabalhadores do setor de saneamento de Maringá e Região Noroeste do Paraná.

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