“Se dizendo “injustiçada”, a Comissão de Negociação da Sanepar enviou mensagem nesta segunda-feira (25) ao SINDAEL, SINDAEN e ao STAEMCP se posicionando sobre a Moção de Repúdio assinada pelas entidades na semana passada como forma de criticar a falta de diálogo sério e amplo em relação às reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras na Campanha Salarial 2016.
Afirmando ter agido com respeito e dado atenção aos sindicatos, a Comissão parte para a choradeira para explicar o inexplicável ao alegar que foram apresentadas propostas claras aos dirigentes sindicais e indicados os pontos nos quais não há possibilidade de avanços.
Os sindicatos, em momento algum mencionaram na Moção de Repúdio que foram maltratados. Em nossa avaliação, o desrespeito foi com todos os trabalhadores e trabalhadoras por não terem visto ainda qualquer resposta à altura dos seus anseios, apesar de terem cumprido sua parte para que a empresa chegasse aos R$ 438 milhões de lucro líquido no ano passado.
Na mensagem só não é falado que nas reuniões com a referida Comissão de Negociação não houve espaço para que fossem discutidas amplamente as reivindicações. No primeiro e segundo encontros, eles foram só ouvidos, alegando não ter autonomia para se posicionar a respeito de aumento real e outras prioridades desta data base.
Na terceira reunião, após deixar os sindicatos esperando horas por respostas, foram apresentados alguns itens da proposta sem qualquer índice de reajuste além da reposição da inflação acumulada nos últimos 12 meses ou algo que se aproximasse das nossas reivindicações. Em vez disso, a empresa incluiu em sua proposta um Banco de Horas e o horário flexível de trabalho – ainda com a redação ‘poderá’,.
Da mesma forma como agiu nos anos anteriores, a Comissão, a mando da diretoria da Sanepar, disse que “itens não contemplados na proposta” poderão ser negociados futuramente. Todos sabem que esse mesmo discurso foi feito no ano passado e desde então em nenhum momento a Sanepar convocou reuniões para discutir antigas pendências que tem junto aos trabalhadores e trabalhadoras, a exemplo do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) e outro anseios ainda não atendidos ao longo dos anos pela empresa.
Neste sentido, as diretorias do SINDAEL, SINDAEN e do STAEMCP continuam à disposição para retomada das discussões, lembrando que a data base é 1º de março e até agora não houve sensibilidade por parte da Sanepar para superar esse impasse. Queremos chegar a uma proposta de acordo que contemple, principalmente, aqueles que recebem salários cada vez mais insuficientes para suprir suas necessidades.”
Diretoria do Sindaen