Sempre tentamos lembrar aqui dos frequentes acidentes com trabalhadores terceirizados em nossa região. Cada vez que acontece um incidente envolvendo profissionais que não são diretamente contratados pela empresa onde estão prestando o serviço, a responsabilidade pela segurança dos indivíduos é questionada. Frequentemente vemos os veículos de imprensa meio “perdidos” quando algo assim acontece, nunca sabem quem são os verdadeiros responsáveis pela segurança das vítimas.
No último sábado (25), a laje de uma construção que estava em andamento no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) desabou e cinco trabalhadores ficaram feridos. Um deles ficou soterrado por mais de três horas, enquanto os bombeiros tentaram retirá-lo dos escombros. Os trabalhadores foram encaminhados para hospitais da região, um em estado grave chegou a ser intubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A obra não foi realizada pela universidade – que inclusive pediu que o acidente fosse melhor investigado, mas por uma empresa terceirizada, contratada para a empreita. E é nesse momento que nos perguntamos: por que tantos acidentes no local de trabalho que vimos nos últimos tempos são de trabalhadores terceirizados? Além de todos os ônus que um empregado terceirizado deve enfrentar, como baixos salários e direitos reduzidos, ainda, aparentemente, correm riscos em seus locais de trabalho. Quem realmente deve fiscalizar? A quem interessa a terceirização da mão de obra que poderia ser de um servidor público, com garantias, adicionais, preparo, experiência e principalmente com a frequente vistoria de profissionais de segurança do trabalho.
Obras inacabadas
Enquanto a UEM inicia novas obras, em pleno ano de eleições e da tentativa de reeleição do governador Ratinho Jr, inúmeros prédios inacabados apodrecem dentro do campus universitário. Em uma pequena volta, apenas em uma parte da grande área da universidade, conseguimos avistar várias obras inacabadas, algumas que faltam aparentemente apenas o acabamento. Prédios gigantes, que serviriam de salas de aula para centenas de estudantes, estão literalmente “caindo aos pedaços” e já se tornaram elefantes brancos no campus.
Diretoria Sindaen