Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná

Falta de respeito marca atual gestão da Sanepar

Passados cerca de quatro meses após ter recebido a pauta de reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras, com vistas a negociar o ACT 2017/2018, a Sanepar só se reuniu duas vezes com dirigentes dos Sindicatos majoritários, demonstrando total falta de respeito com um assunto tão importante.
Essa conduta ficou muito clara com o que disse o diretor Administrativo, Luciano Valério, ao afirmar que os trabalhadores da Sanepar têm muitos benefícios e que se mostrar isso para a sociedade a mesma vai querer fechar as portas da Sanepar.
Com certeza, ele deve ter se enganado ao fazer essa colocação, pensando que estava se referindo à remuneração e benesses da diretoria da empresa, de seus consultores estratégicos e dos inúmeros comissionados. Esses sim são “funcionários de luxo”.
Basta publicar no site da companhia, no Portal da Transparência, a relação de quanto cada um deles ganha. No total, conforme revela o Relatório referente ao exercício de 2016, os 23 membros do Conselho de Administração que são remunerados consumiram R$ 11.450.534,66. Se dividir essa fortuna pelo número de diretores e conselheiros chega-se a uma média de R$ 41.487,44 por mês para cada um.
Sem falar que o próprio Luciano é aposentado da Caixa Econômica Federal e está na empresa para receber um elevado salário e não foi incluído no PAI/PDVCT porque fizeram mudanças nos regulamentos para preservar seu cargo.
Esse sim é um salário de dar inveja aos trabalhadores e trabalhadoras que carregam a Sanepar nas costas e de deixar a população paranaense de cabelos em pé, ao ver para onde vão as caríssimas tarifas cobradas.
Clique aqui para ver o formulário com as despesas do Conselho de Administração.

Torrando dinheiro

O senhor Luciano Valério também poderia explicar para a população do Paraná por que a Sanepar gasta tanto dinheiro com propaganda. A última peça dessa farra foi veiculada nos intervalos do Programa Fantástico, da Rede Globo, a um custo estimado de R$ 16 milhões.
Mas, além disso, a empresa, que praticamente não tem concorrência no Estado, despeja verbas em outras emissoras e banca patrocínio de inúmeros eventos sem medir custos. Dizem por aí que só com a Exposição Agropecuária de Londrina foram R$ 4 milhões.
Não bastasse isso, a imprensa já informou que os acionistas receberão R$ 297,585 milhões da Sanepar, a título de juros pelo capital investido e dividendos.
Talvez seja por isso que a diretoria vive dizendo que não tem dinheiro para atender as reivindicações e os avanços necessários para valorizar seus trabalhadores e trabalhadoras. Muitos deles ganham menos de dois salários mínimos brutos por mês, valor muito distante do que é pago aos tais “funcionários de luxo”.
Diante de todo esse cenário é difícil acreditar nessa falta de respeito que a diretoria da Sanepar tem demonstrado nas negociações do ACT 2017/2018 com ataques aos dirigentes sindicais..
Foi isso que ele fez até quando questionado pela campanha do presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, a deputado federal, utilizando a máquina da empresa para isso. Esta aí mais uma questão que pode levar a população a ficar contra a empresa e pedir que a mesma fecha as portas.
Os Sindicatos majoritários querem o fim dessa hipocrisia e seriedade nas discussões, bem como o fim de práticas antissindicais adotadas pelo diretor Administrativo contra as lideranças dos trabalhadores.

Esse tipo de conduta configura crime, senhor Luciano!

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Nota de Repúdio

O SINDAEN, vem por meio desta nota, expressar repúdio às práticas antissindicais, antiéticas e contrárias aos princípios democráticos adotadas pela Sanepar, principalmente pelos membros da

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O SINDAEN foi fundado em 15 de dezembro de 1995, por decisão de uma assembléia da categoria, para ser o sindicato específico dos trabalhadores do setor de saneamento de Maringá e Região Noroeste do Paraná.

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