Os dirigentes do Sindaen participaram no último mês do seminário organizado pelo Coletivo Sindical da Copel “Saúde e Segurança no Trabalho”, realizado no auditório do Sinteemar.
O evento teve uma série de palestras com especialistas do mundo do trabalho, que abordaram os problemas que o trabalhador de hoje enfrenta. Um dos palestrantes foi o professor da Unesp, Giovanni Alves, que afirmou que o que socializa o ser humano é o trabalho. “Atualmente os ambientes de trabalho estão adoecidos, convulsionados pela miséria espiritual. A nossa sociedade é doente, esvaziada de espírito crítico, de participação. As relações individuais e sociais estão degradadas pelo egoísmo, que quebram laços familiares e comunitários. Cerca de 70% da população nunca leu um livro”. Ele expõe a importância do estudo. “A formação é a trincheira da resistência, inclusive para enfrentar as privatizações – que significam vender o futuro”. Alves apresentou três tarefas que o sindicato (entre dirigentes e filiados) precisa realizar: 1) É fundamental ampliar espaços de interlocução com a sociedade. Fazer pesquisa na base e formação; 2) Comunicação; 3) Saúde e segurança do trabalho como política decorrente da organização da empresa.
Outro palestrante é o sociólogo e professor universitário, César Alexandre, que também é funcionário da Copel. Ele apresentou uma pesquisa realizada entre os eletricitários e uma reflexão de como o capital se articula para “dominar e acumular”.”O trabalhador trabalha para obter remuneração, satisfação das necessidades e recompensa pelo trabalho vivo. O capital usa estratégias que parecem ser positivas, mas que na verdade são estratégias para ampliar o seu acúmulo”. Um ponto que ele destaca que o trabalhador pode se identificar entre estas estratégias é chamar o funcionário de colaborador, reforçar que o trabalho deve ser em equipe e dizer que quer instigar a criatividade de cada um. Na verdade este é um instrumento para enriquecer a empresa e estimular que o trabalhador cumpra suas metas e indicadores.