Boicote: uma autêntica forma de luta
Em janeiro deste ano, o empresário Flávio Rocha, presidente das Lojas Riachuelo lançou o movimento “Brasil 200 anos” ao lado de um grupo de empresários. O manifesto é uma referência à proclamação da Independência que completa dois séculos em 2022. No documento os empresários defendem o Estado Mínimo e reafirmam a defesa dos valores liberais conservadores à direita do espectro político.
Segundo a Época Negócios, a carta também é assinada por Luciano Hang (Havan), Antônio Carlos Pipponzi (Raia), Carlos Tilkian (Estrela), Nadir Moreno (UPS), Sônia Hess (Dudalina), Sebastião Bomfim (Centauro), Alberto Saraiva (Habib’s), Edgard Corona (Bio Ritmo/Smart Fit) e Marcos Gouvêa de Souza (Grupo GS& Gouvêa de Souza). Várias dessas empresas respondem por diversos processos trabalhistas ou possuem grandes dívidas com o Governo, como a Havan, por exemplo, que foi autuada em 117 milhões de reais pela Receita Federal e em 10 milhões de reais pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – valores que serão pagos em 115 anos.
Por que continuamos enriquecendo estes empresários que estão contra os direitos dos trabalhadores? Afinal, ter um Governo mais “liberal”, como é proposto na carta é assegurar que os gastos com os trabalhadores e com o Estado (que custeia Saúde e Educação da maior parte dos brasileiros) sejam ainda menores do que hoje são. É priorizar o lucro do patrão e condenar a classe trabalhadora à miséria. É isso que queremos pro nosso país?
Uma das nossas ferramentas de luta contra estas grandes empresas é o boicote. Trabalhadores não podem bancar patrões abusivos, que não possuem o mínimo de consideração por seus próprios funcionários e por toda a classe trabalhadora brasileira. Chega! Vamos fazer um boicote e não comprar em nenhuma dessas empresas que assinaram a carta até o momento: Havan, Raia, Estrela, UPS, Dudalina, Centauro, Habib’s e Bio Ritmo/Smart Fit!