Ontem (11), durante uma coletiva de imprensa, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, voltou a afirmar que não irá renovar o contrato do município com a Sanepar. Não é a primeira vez que Maia faz esta fala. Essas declarações são feitas sempre em um período que antecede uma audiência, como a que está prevista para o início do próximo mês no Supremo Tribunal Federal, em mais uma tentativa de acordo entre o município e a Sanepar.
A cada declaração, o executivo acaba trazendo insegurança para a população, mas mexe ainda mais com o psicológico e emocional dos trabalhadores e trabalhadoras da Sanepar. Isso é mesmo necessário?
Como sindicato, o Sindaen defende em primeiro lugar o sanepariano e todos os trabalhadores, mas também tem como bandeira o saneamento público e de qualidade. A população precisa de acesso à água e saneamento e o município deve garantir este direito ao seu povo. Mas a estatal também deve atender as necessidades dos cidadãos, cumprindo com o novo marco regulatório e fazendo tratativas junto ao município, condizentes com os resultados financeiros da operação do saneamento. Além da oferta de água e esgoto, devem existir os serviços de drenagem, preservação dos fundos de vale e nascentes e outros.
O Sindaen entende a preocupação da prefeitura, que necessita que os procedimentos legais do contrato sejam cumpridos de forma transparente. É indispensável que se resolva esta situação que não foi cumprida no passado. Porém, é realmente necessário causar tamanha fragilidade nas centenas de famílias dos saneparianos que trabalham arduamente para garantir o melhor serviço para a população maringaense?