Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná

Fusan: quem está gerenciando o nosso futuro?

*Texto de autoria de um sanepariano

A aposentadoria será sempre uma grande preocupação para quem recebe um salário: um trabalhador. Essa condição é passada de geração a geração a todos os filhos, os quais devemos preparar para o futuro.
Às vezes, na nossa correria do dia a dia, nem temos tempo para cuidar desse futuro. Delegamos a outros, por muitas vezes, a responsabilidade de cuidar disso para nós.
Foi baseada nesse princípio a ideia da construção da Fundação Sanepar. Ela deve cuidar para nós do nosso futuro e de nossos filhos.
Tem ficado evidente que essa preocupação não é de quem administra nosso dinheiro suado, descontado de nosso salário mês a mês. Estamos pagando por isso pensando em um futuro melhor.
Para alguns, esse desconto em folha de pagamento nem faz “cócegas”. Porém, para a grande maioria, é um fardo a ser tolerado, indignadamente, suportado, pois segue a ideia de que devemos poupar – sempre pensando em um futuro melhor e em uma aposentadoria mais tranquila.
Nos preocupa chegar lá na frente, quando aposentados, e esse dinheiro “miguado” não ser o suficiente para nos deixar tranquilos.
Recentemente, tivemos notícias tristes de colegas aposentados que trabalharam na Sanepar com dificuldades financeiras e de outros que morreram a míngua.
Notícias desse tipo nos acendem um alerta sobre a administração desse nosso fundo, e de como decisões descabidas, inconsequentes, já criaram rombos que poderíamos esperar de amadores – não de profissionais contratados e remunerados (até mesmo com participação de lucro).
Dizem que é assim mesmo, o mercado é instável, e que certas aplicações estão sujeitas às regras. Mas insistimos que “profissionais” deviam saber da responsabilidade de gestão desses fundos. Gastam mais “maquiagem” do que de fato administram.
Fato é que agora contratam uma empresa “terceirizada” para gerir serviços e eles se mostram “incompetentes”. Mas então, o que está errado? O que está faltando? Sabemos algo? Será que não é hora de abrirmos essa “caixa preta”?
Quando fala-se em vender um bem patrimonial, todos entendemos que algo está errado.
Será que tem muita dívida que justifique tal venda? Podemos vender um bem, por exemplo, um carro velho, pensando em comprar um carro novo. Mas e a gestão de locações desses imóveis? Alguém sabe como está? Quem aluga está pagando ou não? O que aconteceu em Londrina? Ainda temos dúvidas e muitos boatos precisam ser esclarecidos.

Estamos de portas abertas, esperamos respostas.

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