Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná

8 de março: Dia Internacional da Mulher

Desigualdade no trabalho, assédio, violência em casa. Essa é a realidade de grande parte das mulheres brasileiras, que se repete há gerações. A luta pela igualdade e pelo fim da violência é diária e depende de políticas públicas e de cada cidadão e cidadã deste país. O rendimento médio real mensal das mulheres no trabalho era 21% menor do que o dos homens no ano de 2022, segundo dados do DIEESE. No Paraná, essa diferença é ainda maior: as mulheres ganham 28% menos neste estado. Mas ainda existe esperança de mudar este quadro? Lula anuncia projeto da igualdade salarial entre homem e mulher A declaração foi dada na úlltima quarta-feira (1º), durante café da manhã de lançamento do slogan da campanha para o mês de março da atual gestão: “O Governo que respeita todas as mulheres”. Estiveram presentes a primeira-dama, Janja da Silva, as ministras de governo e as presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, além de jornalistas. Pacote de medidas O projeto de lei da igualdade salarial faz parte de pacote de medidas que vai ser anunciado em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. No entendimento das mulheres do governo, o combate à discriminação e violência de gênero é transversal e interministerial. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que as mulheres negras são as principais vítimas do chamado racismo ambiental. Além disso, o governo federal, por meio do Ministério da Mulher, deverá lançar um conjunto de medidas de proteção à mulher que envolverá todos os ministérios e que se refere à luta contra a violência e pela igualdade de gêneros em todos os espaços da sociedade, inclusive o mercado de trabalho. Violência matou mais de uma mulher por dia em 2022, diz estudo Um levantamento publicado nesta segunda-feira (6), mostra o crescimento da violência contra a mulher brasileira nos últimos anos. Realizado em sete estados, o estudo “Elas Vivem: dados que não se calam”, baseado em dados Rede de Observatórios da Segurança, aponta que a cada dia do ano passado houve pelo menos uma morte por feminicídio nesses estados. Ao todo, 495 mulheres foram assassinadas e 2.423 foram vítimas de violência na Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. A cada quatro horas, uma mulher desses estados sofreu algum tipo de violência. Na maior parte dos casos – 75% – o agressor é o próprio companheiro da vítima ou os ex-companheiros. Ranking da violência De acordo com o estudo, o estado de São Paulo lidera o número de casos. Foram 898 vítimas de algum tipo de violência, um a cada dez horas.  Pernambuco aparece em segundo lugar, com um total de 225 casos de violência. O estado também é líder em assassinatos de pessoas trans. Já a Bahia lidera no número de mortes, com um total de 91 assassinatos de mulheres. No Rio de Janeiro, o número de casos aumentou 45% em relação ao ano anterior. O levantamento mostra um caso de violência a cada 17 horas. Veja os totais de casos de violência, que incluem as agressões e os assassinatos:
  • São Paulo: 898 casos (58%)
  • Rio de Janeiro: 545 casos (22%)
  • Bahia: 316 (13%)
  • Pernambuco: 225 casos (9%)
  • Maranhão: 165 casos (6%)
  • Ceará: 161 casos (6%)
  • Piauí: 113 (4%)
Quem é o agressor Na maior parte dos registros localizados nos sete estados, o agressor é o companheiro ou ex-companheiro das vítimas. São eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio. As principais motivações são brigas e términos de relacionamento. Mas tem outros familiares listados como agressores, entre eles, os irmãos. Formas de violência contra a mulher O estudo mostrou que a agressão física foi a causa de 987 dos casos de violência contra a mulher, ou seja, a maior parte. Outros 282 casos se deram por meio de violência sexual e estupro, 216 foram violência verbal e 145 por cárcere privado e tortura. As diversas faces da violência incluem, além das agressões físicas, praticadas na grande maioria das vezes por seus parceiros, a violência psicológica como o assédio moral, a violência dada pela discriminação e pela desigualdade nos mais diversos espaços, inclusive o mercado de trabalho e pela violência patrimonial, situação em que agressor age para violar a independência da mulher. Outro estudo Uma outra pesquisa, realizada pelo Datafolha e pelo Fórum Nacional de Segurança Pública mostra que, em todo o Brasil, 699 mulheres morreram vítimas de feminicídio somente no primeiro semestre de 2022. O índice é 10,8% maior que no mesmo período de 2019, primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro (PL)

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Nota de Repúdio

O SINDAEN, vem por meio desta nota, expressar repúdio às práticas antissindicais, antiéticas e contrárias aos princípios democráticos adotadas pela Sanepar, principalmente pelos membros da

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O SINDAEN foi fundado em 15 de dezembro de 1995, por decisão de uma assembléia da categoria, para ser o sindicato específico dos trabalhadores do setor de saneamento de Maringá e Região Noroeste do Paraná.

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