Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná

Uma esperança para o dia do trabalhador

Desde a implementação da Reforma Trabalhista, que teve início no governo Temer e continuação na gestão Bolsonaro, os direitos trabalhistas foram ficando cada vez mais limitados e a vida do trabalhador se tornou mais precária. O Sindaen publicou por diversas vezes textos sobre o quanto a reforma impactou negativamente a vida dos saneparianos e também do restante da classe trabalhadora.

Uma das mudanças que o sanepariano pode notar dia-a-dia, de muito perto, é a terceirização, que é cada vez mais comum na Sanepar. O crescimento do número de trabalhadores terceirizados é gritante, e vários setores que antes eram ocupados de profissionais concursados, hoje são dominados por empresas terceirizadas.

Neste ano mesmo, o Sindaen publicou uma denúncia de uma empresa com um contrato milionário com a Sanepar que nem mesmo repunha o uniforme dos funcionários, expondo os trabalhadores a uma situação bastante delicada ao exercerem suas atividades.

A terceirização, além de muitas vezes não dar condições adequadas de trabalho e qualidade de vida à classe trabalhadora, também pode levar trabalhadores a condições desumanas. Nos últimos anos, muitas empresas terceirizadas foram denunciadas por trabalho análogo à escravidão.

Um relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) publicado em 2020 mostrou que, nos últimos anos, houve um aumento no número de trabalhadores em situação análoga à escravidão no Brasil, e que a terceirização foi uma das causas desse aumento. De acordo com dados do Ministério Público do Trabalho, somente nos primeiros meses de 2021, foram resgatados mais de 1500 trabalhadores em situação análoga à escravidão em diversas regiões do país. A terceirização pode aumentar o risco de trabalho análogo à escravidão, pois os trabalhadores terceirizados muitas vezes são contratados por empresas intermediárias que não garantem as condições adequadas de trabalho e não respeitam os direitos trabalhistas. Além disso, a falta de transparência e de fiscalização na cadeia produtiva pode dificultar a identificação dessas práticas ilegais.

A terceirização também pode contribuir para a fragmentação da força de trabalho, dificultando a organização e a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e salários. Além disso, pode prejudicar a qualidade dos serviços prestados pelas empresas, já que os trabalhadores terceirizados muitas vezes não têm o mesmo nível de treinamento e qualificação dos funcionários contratados diretamente pela empresa.

1º de maio de 2023

Neste ano, com um novo governo, os sindicatos clamam pelo fim dessas práticas desumanas com a classe trabalhadora. As bandeiras das grandes manifestações que tomarão as ruas do Brasil na próxima segunda-feira são:

Revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista 

A reforma trabalhista de 2017 levou ao aumento da precarização, do bico, do desemprego. Só foi boa para patrão. Essa reforma causou um retrocesso, com mais informalidade, desemprego, precarização e terceirização do trabalhador e da trabalhadora e, portanto, menos direitos.

Trabalho igual, salário igual

Mulheres ganham até 30% menos do que os homens na mesma função. Essa disparidade acontece mesmo quando trabalhadoras e trabalhadores têm a mesma escolaridade, mesma idade e mesmo cargo.

Desenvolvimento sustentável com geração de empregos de qualidade
Crescer e gerar empregos, sempre respeitando o Planeta porque uma hora a conta chega. O desenvolvimento produtivo do país tem que acontecer com o fortalecimento da indústria nacional e da agricultura de forma sustentável.

Fim dos juros extorsivos
Juros altos só trazem dívida ao trabalhador. Quem gosta são os bancos. Com os juros mais baixos o endividamento das famílias diminui e com menos dívidas, o brasileiro consome mais e melhor, mais consumo gera mais produção e mais empregos.

Mais empregos e renda
Somente com emprego de qualidade, a renda do trabalhador melhora e o país cresceMais de 12 milhões de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros não têm carteira assinada, 40 milhões estão na informalidade.

Aposentadoria digna
As centrais sindicais propõem série de medidas para melhorar a qualidade do atendimento a aposentados e pensionistas da Previdência Social.

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O SINDAEN foi fundado em 15 de dezembro de 1995, por decisão de uma assembléia da categoria, para ser o sindicato específico dos trabalhadores do setor de saneamento de Maringá e Região Noroeste do Paraná.

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