Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná

Eletricitários se manifestam contra tentativa de acordo da Eletrobras sobre o poder de voto da União na empresa

Trabalhadores do Sistema Eletrobras foram às ruas no dia 07 de setembro para protestar contra uma tentativa de acordo ventilada pela direção da Eletrobras sobre o poder de voto da União na assembleia de acionistas da empresa.

A Eletrobras foi privatizada no governo Bolsonaro, faltando quatro meses para a eleição presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. O processo foi totalmente viciado. Hoje, o governo brasileiro ainda detém 43% das ações da empresa, mas por um dispositivo ilegal, o Estado Brasileiro vota com apenas 10% das ações nas decisões da Assembleia de Acionistas.

Segundo reportagem recente da Folha de SP, que teve acesso a áudio exclusivo de uma reunião dos conselheiros de administração da Eletrobras, os conselheiros presentes assumiram na gravação todas as estratégias para nomear a alta cúpula da empresa logo após a privatização com mandatos longos e sem a participação do governo, mas com a conivência de Bolsonaro e Paulo Guedes.

O movimento foi liderado por Pedro Batista do Grupo 3G. Pedro é preposto na Eletrobras do trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Com a mudança de governo no Brasil, a Advocacia Geral da União e o Presidente Lula ingressaram em maio no STF com a Ação Direta de Inconstitucionalidade 7385/2023. A ação discute a inconstitucionalidade na interpretação de dispositivos da Lei 14182/2021 (privatização da Eletrobras) e que limita o poder de voto da União na empresa.

Recentemente o parecer do Procurador Geral da República Augusto Aras, reforçou a tese da AGU e de Lula. Em gesto político importante, na mesma semana do parecer da PGR, Lula retirou as ações remanescentes da Eletrobras que a União detém do Programa Nacional de Desestatização.

Todos estes fatos ocorreram no mês de agosto, mesma período que o Brasil passou por um apagão que atingiu 25 estados e o Distrito Federal e que Wilson Ferreira Pinto Jr., ex-presidente da Eletrobras, se desligou da empresa.

Acuados e vendo plano de sequestrar a Eletrobras do povo brasileiro cair por terra, os conselheiros da Eletrobras, prepostos do trio Lemann, Telles e Sicupira que quebrou as Lojas Americanas, têm procurado o governo propondo um suposto acordo.

Segundo informações divulgadas na imprensa, os acionistas minoritários da Eletrobras oferecem ao governo inócuas três cadeiras no Conselho de Administração e a antecipação de receitas da Conta de Desenvolvimento Energético e dos Fundos Regionais de Recuperação das Bacias. Em troca, propõem que a União abra mão da Ação Direta de Inconstitucionalidade 7385/2023, não exercendo o capital social de 43% na Assembleia de Acionistas.

Desde a privatização a empresa tem sido depenada com demissões, desinvestimentos e vendas de ativos como a Usina de Candiota, perseguições políticas de dirigentes sindicais e resultados pífios. Por outro lado, a direção da Eletrobras tem aumentado exponencialmente seus salários e bonificações, assim como a distribuição de dividendos para os acionistas.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários tem protestado veementemente contra toda a política de desmonte. E agora, nos atos pelo dia 07 de setembro os eletricitários reforçaram sua posição contrária nas ruas e nas redes contra qualquer manobra ou tentativa de acordo que abra mão do poder de voto da União na Eleltrobras. Para os trabalhadores do setor elétrico, só interessa a retomada dos 43% de capital votante da União na empresa. Ou os brasileiros e brasileiras seguirão cerceados das principais decisões.

Fonte:
https://www.fnucut.org.br/41745/eletricitarios-se-manifestam-contra-tentativa-de-acordo-da-eletrobras-sobre-o-poder-de-voto-da-uniao-na-empresa/

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