Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná

Em reunião com Renan, Frentes cobram seriedade contra golpe

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo reuniram-se nesta terça-feira (26) com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para entregar um manifesto de 300 organizações contra o golpe e pressionar a Casa a votar o impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff com base no mérito da questão, que não há crime de responsabilidade para incriminá-la.

Vice-presidente da CUT, que compõe as duas frentes, Carmen Foro afirmou que além de artistas, juristas e intelectuais, entre outros segmentos da sociedade presentes no manifesto, o golpe tem recebido críticas de lideranças políticas internacionais por ter se transformado em um verdadeiro espetáculo comandado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado na Operação Lava Jato.

“Entregamos esse material e dialogamos com o presidente do Senado sobre a preocupação da CUT em relação aos prejuízos que trará à classe trabalhadora. Nenhum golpe trouxe benefício a nós só retrocesso e não gostaríamos que o Senado tivesse o comportamento deplorável que teve a Câmara. Queremos que essa Casa analisasse, de fato, o mérito do impeachment, o crime de responsabilidade inexistente”, afirmou.

Segundo Carmen, as organizações das frentes não reconhecerão um governo comandado pelo atual vice-presidente Michel Temer, porque não é legítimo e continuarão mobilizadas nas ruas. De Calheiros, ouviram que terá uma postura mais democrática do que aquela adotada pelos deputados federais golpistas. “Ele disse que conduzirá o processo da maneira mais transparente possível, dentro do prazo e que não agirá de forma açodada. O Renan Calheiros garantiu que fará tudo dentro da previsibilidade,

dentro do prazo e que tentará garantir de forma igualitária nossa presença no plenário durante a votação, ao contrário do que ocorreu na Câmara”, falou.

No período da tarde, a comitiva terá um encontro com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowki, para pedir que o tribunal não aceite a adoção do rito sumário e a leitura de que o processo é um golpe fantasiado de legalidade.

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