Na tarde de ontem (28), um ônibus com estudantes e membros de movimentos sociais e sindicais de Maringá, partiram em um ônibus fretado rumo a Brasília, para uma grande manifestação contra a aprovação da PEC 55 – que limita os gastos públicos.

Entre os passageiros está o diretor do Sindaen, Antônio João.

A PEC deve ser votada hoje no Senado. Por se tratar de uma mudança na Constituição, a PEC precisa do apoio de pelo menos três quintos dos senadores (49 dos 81), nos dois turnos. Se for aprovada nesta terça, a PEC deverá ser analisada em segundo turno em 13 de dezembro.

A oposição ao governo Temer e inúmeros especialistas apontam que a PEC trará efeitos negativos ao País, no entanto. A PEC não reduz gastos de imediato, mas limita o aumento dos gastos públicos no futuro, que não poderão crescer acima da inflação acumulada no ano anterior. Como o Produto Interno Bruto voltará a crescer em algum momento, com o limite de gastos, o Estado se contrairá. A PEC, assim, ignora uma eventual melhora da situação econômica do País.

Além disso, investimentos públicos essenciais e estratégicos, como em saúde, educação e assistência social, sofrerão um grande impacto. Isso ocorrerá pois atualmente essas áreas já precisariam de mais investimento. Sob o novo regime, terão ainda menor possibilidade de serem incrementadas, o que afetará de forma desproporcional as populações mais vulneráveis.

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