Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná

22 de março – Dia Mundial da Água

Neste dia o que mais cabe à sociedade é a reflexão sobre o direito à água, seus valores, seu uso e principalmente seu acesso. Hoje 2,2 bilhões de pessoas não possuem acesso à água potável.
Além disso, o Brasil não deu a devida importância para o saneamento básico (água e esgotamento sanitário). Pouco se investiu ao longo dos séculos. São obras pouco vistas pelos eleitores na perversa lógica política. Por isso, temos níveis alarmantes de deficiência nessa área: muitos brasileiros sem abastecimento de água, e da parcela abastecida boa parte com atendimento descontínuo, sem falar na rede de esgotamento sanitário muito pequena, bastante aquém da necessidade. Onde falta saneamento sobram doenças.
Esses serviços são majoritariamente prestados por empresas públicas e o investimento (determinado pelas autoridades) sempre foi pequeno. A bem da verdade, ele só foi relevante no Governo Lula, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), quando muitos recursos foram liberados e os índices de saneamento tiveram um salto, mesmo ficando longe (muito longe) de resolver as carências. Mas parou aí. Agora, o dinheiro público está contido, vivemos novo ajuste fiscal para juntar o dinheiro e pagar a eterna dívida externa que nunca fecha.
A alternativa para resolver o problema é colocada pelos governos federal e estadual buscando recursos na iniciativa privada. Entramos assim no tema da privatização da água. É mais uma perversidade com o povo. Não querem colocar dinheiro público nessa área, pois em outras são mais vistos e valorizados.

Diversos países passaram pela experiência da privatização da água e se arrependeram. De uns dez anos para cá, várias cidades da França, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Uruguai, Bolívia, Argentina, Inglaterra, dentre muitos outros países, tomaram os serviços das mãos de empresas privadas. Serviços caros, inacessíveis para os mais pobres, queda na qualidade e falta de investimento.
Lógico, se investem mais reduzem o lucro. O Brasil, na contramão desse movimento, fala agora em privatizar.
Que é preciso dinheiro para investir, é fato. É preciso melhorar o serviço das empresas públicas, urgente, pois a qualidade ainda deixa muito a desejar.
Com os diversos maus exemplos espalhados pelo mundo, empresários não vão resolver isso. O que se faz agora é irresponsável, criando uma ilusão (da privatização) que vai custar mais saúde – e muitas vidas.
Somos historicamente contrários à privatização da água e essa bandeira se mostra mais atual do que nunca.

Fonte: https://ba.cut.org.br/noticias/dia-mundial-da-agua-e-a-licao-do-coronavirus-33a1/

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Nota de Repúdio

O SINDAEN, vem por meio desta nota, expressar repúdio às práticas antissindicais, antiéticas e contrárias aos princípios democráticos adotadas pela Sanepar, principalmente pelos membros da

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O SINDAEN foi fundado em 15 de dezembro de 1995, por decisão de uma assembléia da categoria, para ser o sindicato específico dos trabalhadores do setor de saneamento de Maringá e Região Noroeste do Paraná.

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