Na tarde da última terça-feira (7), foi realizada uma reunião com os sindicatos majoritários, suas respectivas assessorias jurídicas e a Sanepar. A pauta da reunião foi sobre as agências de atendimento da companhia, com o objetivo de buscar uma solução para o caos que está se tornando o setor de atendimento ao público.

A Sanepar alega que há um excesso no atendimento, pois a companhia voltou a efetuar as cobranças e cortes de abastecimento de água – que estavam paralisadas desde o início da pandemia. Além disso, existem as questões diárias dos locais, como vazamentos, mudanças de titularidade e problemas causados pelas empresas terceirizadas que têm lançado leituras pela média de consumo.
Na tentativa de sanar o problema da falta de empregados, a empresa informou que fará um remanejamento temporário de empregados, conforme a escolha do trabalhador.
Questionada sobre a remuneração destes empregados, a estatal garantiu que eles terão todas as despesas de hospedagem, alimentação e transporte custeados pela própria Sanepar e que continuarão a receber o adicional de atendimento. Porém, é de conhecimento do Sindaen que não é o que acontece. Existem relatos de trabalhadores que atuam em duas gerências e não recebem este adicional.
O sindicato repudia esta “estratégia” da empresa e frisa a necessidade de contratação de novos empregados. Já existe uma grande carência de mão de obra na empresa e agora ela quer remanejar o trabalhador para outro setor?
Para a diretoria do Sindaen, parte do aumento no volume do atendimento é devido à terceirização desenfreada que a Sanepar fez em setores como leitura e redes. Na reunião, também foi apontado que em várias cidades as empresas terceirizadas têm prestado serviços de péssima qualidade. O principal destaque em Maringá é a precariedade que esses trabalhadores terceirizados enfrentam no seu dia-a-dia. O reflexo dessa prestação de serviço acaba recaindo sobre os trabalhadores do atendimento ao público, pois é ele que precisa atender a população, quando muitas vezes o cidadão já está abalado emocionalmente.
O Sindae se posiciona contra a contratação de menor aprendiz ou outra modalidade parecida, conforme sugerido na reunião e também sugere que o turno dos trabalhadores passe a ser de 6 (seis) horas havendo, portanto, dois turnos de trabalho no setor.