A tragédia que ceifou a vida de Carlos Gabriel da Silva Santos, um jovem de apenas 24 anos, e deixou seu tio gravemente ferido, revela de forma trágica a flagrante negligência das empresas para com a segurança de seus trabalhadores. O triste episódio ocorrido em uma concessionária de veículos em Maringá, expõe a irresponsabilidade das empresas em garantir condições de trabalho seguras.

O relato do Corpo de Bombeiros revela uma sequência de falhas que poderiam ter sido evitadas. Uma vala de três metros de profundidade, desprovida de escoras de segurança, transformou-se em uma armadilha mortal para os trabalhadores. ou seja, não houve precauções básicas para evitar um acidente tão grave.

A narrativa angustiante de Eliano Fidêncio de Jesus, que se viu coberto pela terra, lutando pela própria sobrevivência enquanto seu sobrinho perdia a vida, é um testemunho doloroso da falta de medidas de segurança adequadas. A ausência de protocolos eficazes para situações de emergência levou estas pessoas a um risco desnecessário e evitável.

É inaceitável que vidas humanas sejam colocadas em segundo plano em prol do cumprimento de prazos e economia de recursos. A pressa em concluir uma obra, a negligência na implementação de medidas de segurança adequadas e a falta de fiscalização eficaz são reflexos de uma cultura empresarial que prioriza o lucro em detrimento da vida humana.

A espera por um posicionamento da empresa terceirizada, responsável pela obra, é um clamor por justiça e responsabilização. Não se trata apenas de um acidente de trabalho, mas de uma tragédia que expõe as falhas sistêmicas em proteger os direitos e a segurança dos trabalhadores. Que este triste episódio sirva de alerta e motivação para uma mudança urgente e necessária nas práticas empresariais, onde a vida dos trabalhadores seja prioridade absoluta, e não um mero detalhe negligenciado em busca de lucro.

Imagem: G1