Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná

Sindaen se une a movimentos sociais e realiza grande ato contra privatização do saneamento e setor elétrico em SP

Centenas de trabalhadores dos setores de saneamento e energia elétrica, representantes de movimentos  sindical e sociais, deputados e vereadores realizaram um grande em frente da Bolsa de Valores “B3”, no centro da capital paulista, na manhã desta terça-feira (14). O ato “Água e Energia não são mercadorias” teve como objetivo esclarecer à população sobre ps riscos que as privatizações das empresas públicas dos dois setores representam, como o aumento das contas, a exclusão dos serviços às famílias mais vulneráveis e a precarização das atividades, ocasionada principalmente pela demissão de trabalhadores e trabalhadoras qualificados e experientes.

As palavras de ordem foram resistência, união e luta para defender o patrimônio público. O ato “Água e Energia não são Mercadorias”, que foi organizado em parceria pela FNU, CNU, Fenatema e ONDAS, contou com a adesão de sindicatos de vários estados, centrais sindicais e movimentos sociais.

O dirigente do Sindaen, Nivaldo Mattos, este no evento representando os saneparianos e saneparianas. “O ato foi um marco de resistência contra as privatizações das estatais que têm ocorrido no Brasil. Água não é mercadoria, e é para todos”, afirmou Mattos.

Também presente ao ato, o presidente da CNU, Paulo de Tarso, destacou que a atividade representa a indignação e o chamamento da sociedade para essa realidade das privatizações em andamento de dois setores essenciais: água e o saneamento básico e a energia. “Tem que ter a mão do Estado para as pessoas que mais precisam ter acesso (aso serviços de saneamento e energia). Não tem sentido, o setor privado quer pegar um filé mignon, explorar para pegar o lucro, e simplesmente quem não tiver dinheiro não vai ter água e não vai ter energia”, explicou.

Dirigentes de sindicatos de urbanitários de vários estados e do interior de São Paulo também estiveram presentes ao ato, com faixas e palavras de ordem em defesa das empresas públicas.

O ato, até por ter sido realizado em São Paulo, deu bastante destaque à pretendida privatização da Sabesp por parte do governador Tarcísio de Freitas.

Neste sentido, vários deputados presentes enfatizaram o fato, como foi o caso do deputado Emídio de Souza (PT-SP), coordenador da Frente Parlamentar Contra a Privatização da Sabesp, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp): “a partir desse ato, essa campanha ganha as ruas para conversar com o povo paulista sobre os perigos que a privatização da Sabesp representa. Os trabalhadores e o povo de São Paulo sabem o que significa a privatização. Eles querem vender patrimônio público para agradar essa turma da Bolsa de Valores, não importa a que custo, não importa quanto você vai pagar pela tarifa. E a mentira é sempre a mesma”.

“Quando venderam a Eletropaulo, muita gente achava que era um problema dos trabalhadores da empresa. A conclusão veio depois, em que muitas pessoas não estão aguentando pagar a tarifa de energia elétrica. Por isso, o problema da continuação da Sabesp pública não é só dos trabalhadores. Nós temos que dialogar com todos”, completou Emídio.

O ato fez parte do Fevereiro Azul, campanha preparatório para a Conferência Mundial da Água que será realizada pela ONU em março deste ano.

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